Associados ACINP participam da 19º Convenção CDL Lajeado

28/06/2019

Buscando sempre oportunizar qualificação a seus associados, a Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis – ACINP reuniu um grupo de empresários para prestigiar a tradicional Convenção CDL Lajeado, que chegou à sua 19ª edição com o tema “Talento e transformação digital: o que faz a diferença?”. Realizado no dia 27 de junho, no Clube Tiro e Caça (CTC) de Lajeado, o evento atraiu cerca de 700 pessoas, e apresentou quatro palestrantes, os quais compartilharam informações e estratégias para vencer os desafios impostos pelo mercado na nova era digital.

Há diversas edições a ACINP promove a participação de uma comitiva de Nova Petrópolis, oferecendo o transporte até o local e oportunizando inscrições com valores especiais, Neste ano, um grupo de oito pessoas participou do evento que tem foco no segmento varejista. Confira abaixo o resumo das palestras, fornecido pela CDL Lajeado:

O novo varejo

Com o compartilhamento de tendências mundiais, Fabiano Zortéa inspirou a plateia. A primeira palestra da programação – “O novo varejo: inovações na prática” – retratou questões como a jornada do consumidor, boas práticas, humanização do setor e integração dos meios físico e digital. Segundo o coordenador do Sebrae e curador de conteúdo na NRF, é cada vez mais presente na rotina das pessoas comprar no digital e retirar na loja. “A proposta de valor é possibilitar mais tempo livre para lazer e para ficar com as pessoas que gosta. O varejo que pratica isso consegue resolver um problema atual das pessoas, que é a falta de tempo”, observou Zortéa.

Além de falar sobre a plenitude da conveniência do consumidor, que busca opções de comodidade de compra, também citou uma pesquisa que revela 59% das compras nas lojas físicas são influenciadas por interações digitais; e 43% das compras nas lojas virtuais têm ligação com o meio físico. “Ou seja, um canal alimenta o outro”, afirmou. Zortéa ainda sugeriu práticas que valorizem novas experiências aos consumidores, ter o digital interagindo com o físico no ponto de venda e focar no varejo humanizado, partindo da valorização da própria equipe de trabalho.

 

Adaptação

“Transformação Digital: Adapte-se ou Adapte-se” foi o tema abordado pela escritora, consultora e especialista em marketing digital, Martha Gabriel, a qual afirmou que qualquer negócio que não nasceu digital precisa se adequar. Isso porque, segundo ela, existem sete tecnologias reestruturantes do planeta que mudam a vida e os relacionamento, sem as quais não existe inovação: inteligência artificial, internet das coisas, big data, blockchain, robótica, nanotecnologia e impressão 3D.  Assim, é preciso ter pensamento crítico para identificar quais os recursos mais adequados para cada tipo de negócio e público. “Num ambiente que muda muito, se você ficar apegado ao que você já sabe, não terá vontade de aprender o que não sabe e fazer aquilo que você não tem”, alertou. De acordo com a palestrante, não há dúvidas de que os robôs substituirão os humanos em uma série de profissões e o maior diferencial das empresas estará na habilidade de gerar experiências, sendo as pessoas as únicas dotadas de empatia, emoção e ética capazes de gerar valor às atividades. “Uma pessoa mediana empoderada por tecnologia torna-se melhor do que o maior expert humano trabalhando sem tecnologia”, assegurou Marta.

 

Transformação digital

Coube ao especialista em Negociação, Estratégias Disruptivas e Finanças, Tiago Mello, responder o que faz a diferença, talento ou transformação digital? – tema da edição deste ano. É fato que a tecnologia faz parte de quase todos os aspectos das nossas vidas e empresas. O desafio é a preparação dos profissionais das empresas para o cenário atual, no qual o novo consumidor é mais exigente, informado e influenciado pela opinião da sociedade. “A gente precisa entender as mudanças para continuar sendo relevante para o cliente no futuro”, afirmou.

Mello citou a evolução da equipe, que supera as funções de atendente e vendedor, chegando a consultor. “Para gerar confiança tem que ter conhecimento profundo sobre o que vende”. Ao advertir que a compra é consequência de um atendimento bem feito, acrescentou: “Um bom atendimento não fideliza, isso é obrigação. É preciso fazer mais do que o cliente espera para que sua reação seja “uau!”. Entre os desafios impostos, citou a queda no fluxo de clientes e a frequência de compra, minimizadas pela maior conversão do ticket médio e ações de engajamento. Além de reforçar a importância da união da loja física com o digital, declarou: “a promessa da marca é entregue pela combinação entre gente, ambiente e tecnologia”.

 

Criatividade

Falando sobre criatividade de um jeito simples e sem mitos, Murilo Gun contrariou a afirmação de que o mundo está em transformação. Para ele, isso é um fato que sempre existiu e o que está realmente mudando é a nossa espécie e o que ela faz para sobreviver no planeta. Na sua avaliação, há muito tempo estamos sendo criados para repetir padrões, tal qual máquinas, e a tecnologia vem para nos ajudar a resgatar qualidades que se perderam: “A tecnologia não vem roubar os empregos dos humanos. Ela vem para devolver nossa humanidade”. Gun destacou que a criatividade é o que nos torna diferente dos animais, a qual nada mais é do que “a imaginação aplicada para resolver problemas”. A partir disso, emprega-se o conceito de inovação, por meio da qual se vende o pacote de soluções criadas. O palestrante ainda declarou que a coragem é o gargalo da humanidade, pois tudo que nunca foi testado, tem riscos e, consequentemente, traz medo. Por isso, Gun enfatizou a importância de se ter clareza dos problemas e de se criar um ambiente seguro onde todos possam compartilhar suas ideias e expressar sua individualidade. Desbloquear e incentivar a criatividade é o grande desafio.

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